quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Arquitetura Barroca


Data de inicio
Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) é o período da arte que vai de 1600 a 1780.

Características
Caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação. É o estilo da grandiloquência e do exagero. Essas carecterísticas todas podem ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista.

Momento histórico
O absolutismo monárquico e a Igreja da Contra-Reforma utilizaram o barroco como manifestação de grandeza. Nascido em Roma a partir das formas do cinquecento renascentista, logo se diversificou em vários estilos paralelos, à medida que cada país europeu o adotava e o adaptava à sua própria idiossincrasia. Nações protestantes como a Inglaterra, por exemplo, criaram uma versão mais moderada do estilo, com edifícios de fachadas bem menos carregadas que as italianas.
Um dos traços fundamentais desse vasto período é que durante seu apogeu as artes plásticas conseguiram uma integração total. A arquitetura, monumental, com exuberantes fachadas de mármore e ornatos de gesso, ou as obras de Borromini, caracterizadas pela projeção tridimensional de planos côncavos e convexos, serviram de palco ideal para as pinturas apoteóticas das abóbadas e as dramáticas esculturas de mármore branco que decoravam os interiores.
Na arquitetura barroca, os conceitos de volume e simetria vigentes no renascimento são substituídos pelo dinamismo e pela teatralidade. O produto desse novo modo de desenhar os espaços é uma edificação de proporções ciclópicas, em que mais do que a exatidão da geometria prevalece a superposição de planos e volumes, um recurso que tende a produzir diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.
Quanto à arquitetura sacra, as proporções antropomórficas das colunas renascentistas foram duplicadas, para poder percorrer sem interrupções as novas fachadas de pavimento duplo, segundo o modelo da construção de Il Gesú, em Roma, primeira igreja da Contra-Reforma.
A partir de 1630, começam a proliferar as plantas elípticas e ovaladas de dimensões menores. Isso logo se transformaria numa das características arquitetônicas típicas do barroco. São as igrejas de Maderno e Borromini, nas quais as formas arredondadas substituíram as angulosas e as paredes parecem se curvar de dentro para fora e vice-versa, numa sucessão côncava e convexa, dotando o conjunto de um forte dinamismo.
Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em três pavimentos. Em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o Palácio de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres poderosos das cortes de seus país. Seguindo o exemplo do Palácio de Versalhes, são construídas nas diversas cortes europérias palácios faustosos, cercados de jardins imensos, aproximando-se do que logo viria a ser o neoclassicismo
O Escorial, fusão de estilos e arquitetos, é de uma monumentalidade até então sem precedentes na Europa. Na Itália, ao combinar essas proporções com uma profusa ornamentação maneirista, seus artistas definiram o nascimento da arquitetura barroca.

No Brasil
Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.

Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento.

Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em três pavimentos. Os palácios, em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres poderosos das cortes de seu país.

Em Portugal
A arquitetura Barroca em Portugal tem uma situação muito particular e uma periodização diferente do resto da Europa. É condicionada por diversos factores políticos, artísticos e económicos que originam várias fases e diferentes tipos de influências exteriores, resultando numa mistura original, frequentemente mal compreendida por quem procura ver arte italiana, mas com formas e carácter próprios.
Inicia-se numa conjuntura complicada, com o esforço financeiro do reino canalizado para a guerra de independência, após 60 anos de reis espanhóis (D. Filipe I, II e III). Outro fator fundamental é a existência da arquitetura Jesuítica, também a chamada Arquitetura Chã. São edifícios basilicais de nave única, capela-mor profunda, naves laterais transformadas em capelas interligadas (pequenas portas de comunicação), interior sem decoração e exterior com portal janelas e muito simples. É um tipo de edifício muito prático, permitindo ser construído por todo o império com pequenas adaptações, e pronto a receber decoração quando se pensar serás da época e o fausto a que o reino chegou. A talha dourada assume características nacionais e posteriormente "joaninas" devido à importância e riqueza dos programas decorativos. A pintura, escultura, artes decorativas e azulejo também atravessam uma época de grande desenvolvimento.
O barroco na verdade não sente grande falta de edifícios porque permite transformar através da talha dourada, (pintura, azulejo, etc.) espaços áridos em aparatosos cenários decorativos. O mesmo se poderia aplicar aos exteriores. Permitem posteriormente aplicar decoração ou simplesmente construir o mesmo tipo de edifício adaptando a decoração ao gosto da época e do local. Prático e económico.








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